domingo, 11 de junho de 2017

Rocket Coffeebar: pena que meu café do coração fica tão longe


Provar a comida e o modo de vida dos nativos é parte da descoberta cultural de uma boa viagem. Mas eu não tenho o menor pudor ou peso na consciência em me jogar de cabeça numa refeição não-típica, que eu poderia comer em casa ou em qualquer outra grande capital ocidental, quando me dá na telha.

Em uma metrópole tão cosmopolita como Bangkok, aliás, isso não é pecado: aproveitar a farta e diversificada oferta de opções gastronômicas, comparável à de São Paulo, faz parte da brincadeira. (Aliás, fiquei besta com a quantidade de semelhanças e paralelos possíveis de se traçar entre Bangkok e São Paulo; esse assunto ainda será tema de uma daquelas pensatas mais longas, que vou escrever sem pressa quando a poeira da viagem tiver baixado).

Isso posto, o Rocket Coffeebar rendeu alguns dos sabores e momentos mais marcantes da minha viagem. Pela proposta, este café com pegada meio hipster poderia estar em qualquer lugar do mundo. Mas eles acertam a mão tantas vezes e em tantos detalhes que a coisa muda de figura e esse passa a ser um lugar difícil de encontrar.

Aqui tomei o melhor latte da história, cremooooso, ao lado de ovos Benedict com salmão defumado e porção extra de cogumelos. Se o sabor da comida já era incrível, o atendimento atencioso, o cardápio extenso e criativo e a trilha sonora super bem sacada completaram o pacote de uma experiência memorável.

Tanto que voltei mais duas vezes, sendo que a derradeira foi exatamente a última coisa que fiz antes de ir embora da Ásia. Para fechar meu giro com chave de ouro, com a certeza de que um dia voltarei.

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