quinta-feira, 15 de junho de 2017

Eles perdem o amigo... mas não perdem o negócio!


Mistura de feira de rua e mercadão, o Central Market de Hoi An tem de um tudo: frutas e legumes, peixes frescos, noodles (fios de macarrão) feitos ali mesmo, temperos de todos os tipos. Com tanto estímulo gritando aos olhos ao mesmo tempo, o cenário é uma delícia de fotografar. Mas não se pode passar incólume aos vendedores.

"Hello, what you looking for?"
"Nada não, estou só passeando."
"Compre estes temperos, coisa boa, muito bons."
"Parecem ótimos, mas eu não sei cozinhar nada!"
"Então leva o pó de café. Sente esse cheiro, café bom!"
(Cheirando) "Hum, bom mesmo. Mas eu sou do Brasil, nosso café também é bom. Além disso, agora a classe média só quer saber de Nespresso."
"Leva então um Tiger Balm!" (espécie de pasta de cânfora usada para aliviar dores; nas festas eletrônicas da Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, a galera sem camisa adorava passar um pouco dessa pomada na nuca e jogar água em cima, para refrescar. Isso em 2001! Bons tempos...)
"Não, moça, obrigado."
"Então vamos comigo ali na loja do meu cunhado. Alfaiate bom, terno bom, o senhor vai gostar."
"Ih moça, mas meu país é quente como o Vietnã. Não quero comprar terno!"
"Tecido leve, roupa de algodão! Não esquenta nada... Vamos, por favor!"

Os comerciantes asiáticos são mesmo implacáveis.

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