domingo, 25 de junho de 2017

A Tailândia respira fundo e desacelera em Koh Phangan

Sai o baldinho de vodca com energético, entra o cappuccino vegano. Koh Phangan não poderia ser mais diferente de Koh Phi Phi. Enquanto na outra ilha a missão geral é ter férias mutcho lôcas (e correr para chegar ao recanto escondido antes dos barcos cheios de turistas), aqui a dinâmica é desacelerada, quase zen: muito verde, boas doses de contemplação e uma quantidade enorme de estúdios de ioga, spas e clínicas de massagem. Bem-estar é a palavra de ordem.

Na costa, enseadas e baías desenham praias aconchegantes, de mar muito raso e morninho, perfeitas para famílias com crianças pequenas. Elas são circundadas por charmosos hotéis, pousadas e restaurantes pé na areia, além de alguns chalés particulares com arquitetura de bom gosto, cravejados nas encostas cobertas de vegetação tropical.



Para se deslocar em Koh Phangan e visitar suas diversas praias, o modus operandi é parecido com o de Florianópolis: alugar um carro (ou scooter) e percorrer estradinhas sinuosas de pista simples que, entre uma serra e outra, são pontuadas por pequenos comércios e lojas de conveniência. Até nisso a ilha é o contrário de Koh Phi Phi, onde carros sequer circulam e tudo se faz a pé.

Aliás, perder-se em comparações com Koh Phi Phi pode acabar sendo uma armadilha. Num primeiro momento, é fácil ceder ao impulso de procurar outro mar tão turquesa ou a próxima beleza arrebatadora da viagem e se frustrar, concluindo apressadamente que esta ilha "nem é tudo isso". Talvez não seja mesmo: há praias mais bonitas em vários outros lugares, sobretudo no Brasil. Mas é só questão de achar os lugares certos e se apaixonar.


Pode ser aquele almoço despretensioso, e por isso mesmo surpreendente, num deque de madeira à beira-mar, ou a massagem mais intensa e revigorante que você já experimentou. Ou um copo de lassi indiano para refrescar depois da meditação. Cada um tem sua receita para gostar daqui - até mesmo a galera do baldinho, que desembarca uma vez por mês para se acabar na Full Moon Party, espécie de rave adolescente que ocupa uma praia isolada e não chega a perturbar a calmaria que impera no resto da ilha.


Depois de três semanas girando pela Ásia, Koh Phangan foi a etapa derradeira, de descanso e tranquilidade, que me colocou nos eixos para voltar com tudo ao batente no segundo semestre.

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